sábado, 12 de junho de 2010

Fic: As irmãs Stock (parte 3)

Capítulo 06 : O Bilhete


- Isso não deveria ter acontecido!!! – Foi a primeira coisa que Snape disse ao afastar-se bruscamente de Anita.


-Mas...- Anita tentou balbuciar envergonhada.


-Vá embora, senhorita Stock....é o melhor a se fazer- Snape disse quase para si convencer, ao separar-se dela com todo o seu autocontrole.



Esse golpe foi duro demais para Anita agüentar sem demonstrar qualquer sentimento. Ela correu o mais rápido que pode para o seu quarto. O seu plano era nunca mais sair dali. Havia cometido um erro, um erro fatal...

“Eu deveria saber....”

Snape andou pela sua sala com as mãos trêmulas, o que ele havia feito tinha sido horrível demais. Seguir os seus impulsos daquela maneira era doentio, insano demais, principalmente para ele, que era tão razão. As diferenças entre os dois, e os motivos para evitar a todo custo uma nova aproximação...lhe diziam algo que o seu coração negava com veemência.

“Pela manhã as coisas estariam mais calmas”-Pensou ele.


***

Mas a verdade é que existem amores que só aumentam com o tempo, amores que quanto mais se reprime, mais ele aumenta e que podem chegar a um ponto, onde esse mesmo amor é capaz de sufocar todos os outros antigos amores, devido a sua enorme proporção. Snape amou Liliam, era um fato inegável, mas o seu amor por Anita estava crescendo com proporções perturbadoras, sufocando inclusive o seu antigo amor pela sua falecida amiga.


Capítulo 07 : O Pesadelo


By Anita:

Eu estava novamente naquele dia escuro, ela estava lá de novo, novamente ela me visitava nos meus mais terríveis pesadelos, a minha querida amiga estava lá, caída no chão, seus belos olhos arregalados, numa expressão vidrada e vazia, seu rosto parado como o de uma bela estátua de mármore, não havia dúvidas para ninguém, infelizmente, nem para mim. Ela estava morta. E eu tremia dos pés a cabeça, igualzinho havia sido....

Ela estava morta, mas eu a ouvia em toda a parte que eu fosse:

-Por que você fez isso? Me roubou tudo que era meu!!!!!

- Me perdoe!!! – Gritei entre lágrimas para a imagem do seu belo rosto inerte.

- Por que você não fez alguma coisa...Até quando vai ficar com medo?
Faça alguma coisa, por mim...

-Eu não posso fazer nada, você está morta!!! – Eu gritava descontrolada, enquanto corria por aquele maldito caminho de novo.

A voz suave dela ecoava por todo lugar...

- O meu assassino está vindo...corra!!!!!

-Não!!! – Eu corria loucamente por entre ramos e arbustos, mas sempre acabava escorregando na poça de lama, sempre o mesmo pesadelo...

E Yaxley estava lá, rindo para mim, debochando do meu pavor diante da sua face bruta e perversa, e eu sempre soube que o seu sorriso amarelo estaria nos meus piores pesadelos para me lembrar da minha covardia, e das minhas piores fraquezas.

Anita abriu os olhos, sentia novamente o mesmo embrulho no estômago, aquele mal estar que aquele homem lhe trazia, a doença que era vê-lo, mesmo que em um pesadelo. Ela correu para o banheiro o mais rápido que seus pés podiam, e fez o que sempre fazia depois de um sonho desses, ela provocou tudo que tinha comido.

“Como eu o odeio...”

O pavor de vê-lo não passou ao acordar, pelo contrário, ela continuava enjoada, com medo, mas diferente das outras vezes, ela não poderia correr para a cama de Ludmila Stock, sua irmã não estava ali, não era mais a sua casa. Ela levantou-se fraca, e saiu vagando para o único lugar onde se sentia segura, ela correu até as masmorras do jeito que estava.

***

- Não pode ser, quem será esse infeliz!!! - Snape vestiu seu hobby e foi atender a porta, ele estava de péssimo humor.

- Senhorita Stock? – Ele não pode evitar a surpresa

- Eu preciso de você...não me mande embora!!! – Anita correu e o abraçou

- O que aconteceu, você está gelada e descalça...??? – Perguntou fechando a porta e colocando-a sentada no sofá.

-Eu tive um pesadelo...- Anita cobriu-se com uma manta, a qual ele ofereceu-a.

- Um pesadelo? Sinceramente, senhorita...Acho melhor voltar para a sua cama.- Respondeu Snape relaxando, afinal, um pesadelo para ele não era nada demais.

- Não, não faça isso comigo. Deixe-me ficar aqui!!!- Ela implorou.

- O quê???- Surpreendeu-se Snape, levantando as duas sobrancelhas - Você quer passar a noite aqui???

-Isso é impossível, sinto muito Senhorita Stock...É melhor você voltar para sua cama...eu posso lhe dar uma poção...mas...

- Por Deus, eu imploro, não me deixe sozinha...eu confio em você!!!- No desespero ela ajoelhou-se aos pés deles e começou a implorar.

-Senhorita Stock pare com isso!!!- Snape ficou chocado com o terror da sua expressão, mas a fez se levantar.

- Por favor, tenha piedade....não me deixe!!! –Ela o abraçou com força e começou a chorar nos seus braços.

-Anita... – Snape ficou sem chão.

- Por favor, Severo... – As lágrimas escorriam do rosto dela.

- Não me chame assim- Replicou ele.

-Severo? – Os olhos tristes dela racharam-no ao meio.

- Venha comigo, você pode dormir aqui. – Snape falou duramente, mas acabou levando-a para a cama dele.

- Você vai a onde? – Perguntou Anita ao vê-lo ir em direção a porta

-Vou dormir na sala!!! - Afirmou Snape um pouco aborrecido.

- A sala fica muito longe!!! –Protestou Anita

-Poupe-me de fricotes, a sala está aqui ao lado!!!

- Ah, por Merlin!!! -Exclamou ao vê-la entristecer-se - Não vai chorar de novo!!!

- Não quer que eu durma no chão...não é? – Snape encarou-a e viu que ela sorriu com a idéia.

- Nem pensar!!! – Snape caminhou em direção a sala.

Anita estava de olhos bem abertos, quando o viu voltando para o quarto carregando uma almofada na mão e em seguida, colocando-a no chão perto da cama, onde agora ela estava. Mas Anita não conseguia pegar no sono, mesmo com ele ali, aos pés da cama. Na sua casa, ela sempre dormia juntinho com Ludmila, sua irmã. Ela observou Snape deitado no chão, ele parecia já haver cochilado.

Enquanto isso, Snape estava de olhos fechados, tentando dormir naquele chão duro e frio. Era uma tarefa difícil.

“Sinceramente, eu devo estar ficando louco... por que eu acabo fazendo tudo que ela quer???...aqueles olhos azuis...alguém deveria impedi - lá de falar assim: por favor, Severo....Eu não acredito que eu estou dormindo nesse chão duro por causa dela...Eu deveria ter mandado ela embora, mas ela estava tão desprotegida...que eu..bem..”

Pés delicados e ágeis andavam suavemente pelo quarto.


“....Mas O que é isso agora, não acredito!!!Ela está andando, estou ouvindo os passos dela...O quê???Ela se deitou ao meu lado...muito atrevimento dessa corvinal....Ela está me abraçando???...Eu não posso...sentir sua pele macia...mas teoricamente, eu estou dormindo...e é ela quem está se aproveitando de mim..
(Snape deu um sorriso sonserino)”


Severo abriu os olhos, e ela estava extremamente calma, suas mãos trêmulas agora estavam firmes em volta do corpo dele, ela estava deitada ao seu lado com um anjo, ele podia sentir o calor do corpo dela junto ao seu, e era maravilhoso.

Snape passou cinco minutos observando-a dormir quando finalmente resolveu colocá-la gentilmente de volta na cama, para que ela ficasse mais confortável. Contudo, mesmo deitada na cama, ela segurou a mão dele e pediu suavemente, olhando bem nos seus olhos negros, para não haver nenhuma dúvida

-Fica, por favor...

- Eu não posso...

- Só fica do meu lado...

- Anita, é melhor assim...

- Só dessa vez, eu prometo...

- ...

Snape deitou-se ao lado dela e ela o abraçou novamente, ele fechou os olhos por impulso, não poderia dormir, algo dentro dele lhe dizia que esse era um caminho sem volta, ele estaria sempre preso a ela não importava como. Seus olhos ficaram abertos, boa parte da noite, observando-a dormir serenamente.

***


Pela manhã, corujas voavam pelo salão entregando cartas e mais cartas.


-Olhe que legal, você recebeu uma carta da sua irmã!!!- Comentou Julli limpando o queixo sujo de pudim.

-Foi...- respondeu Anita sem ânimo algum, fingindo comer alguma coisa.

-Eu vi aquela foto do seu porta retrato!- Comentou feliz- Ela é muito parecida com você!!!

-É..., muitas pessoas acham que somos gêmeas – Anita respondeu mecanicamente, pois isso sempre acontecia.

-Mas vocês tem diferenças, como a cor dos olhos...o jeito do cabelo, o dela é curto e fino, o seu s seu é longo e mais grosso.

-Aham..- Respondeu Anita desistindo de tentar comer e olhando o jornal.


-Chegou...é uma carta da minha mãe!!!-Gritou Julli para todos ouvirem.

-Você não vai abrir a sua carta, Anita?- Perguntou a moça loira ao perceber que Stock havia guardado a carta discretamente.

-Não...só mais tarde, agora vou ler o jornal e depois vou estudar.

***

Snape acordou com mais mau humor do que de costume,

“Ainda tinha aquelas malditas corujas voando pelo castelo.”- Pensou com raiva.

Severo respirou fundo ao pensar que receberia novamente mais contas para pagar. E ao sentar-se percebeu que Anita estava lá, sentada com os seus...

Anita Stock era tão diferente das outra, ela lia sempre o jornal pela manhã com o mesmo ar impassível de mistério. E não lia apenas a sessão de fofocas, como muito de suas amigas...ela lia o caderno de economia e as investigações policiais. Talvez fosse por isso que era tão fácil conversar com ela.

“O que ela estaria pensando nesse momento?”

“Daria tudo para olhá-la bem naqueles olhos azuis e ler os seus pensamentos...” -
Pensou ao começar a beber seu suco.

“Ela era esperta como poucas, mas não era uma irritante sabe-tudo, intragável, querendo chamar atenção para si...pelo contrário, ela era discreta...sempre sentada no canto da sala, sem querer chamar atenção...mesmo sendo tão linda e inteligente...e ainda por cima, gostava da minha companhia...”

Uma coruja preta de olhos vermelhos, chegou voando como todas as outras, mas ela não foi para um aluno, voou diretamente para o professor de vestes negras. A coruja lançou uma carta e foi embora, sem esperar por por água ou um pouco de comida...

-Boa coisa não deve ser...- Resmungou Snape ao abrir a mensagem.

“Olá Severo,

Espero que esteje aproveitando bem a sua vidinha patética, seu TRAIDOR maldito, pois ela não vai durar muito. Você vai pagar caro pela sua falta de lealdade, seu VERME.”


Não tinha nenhuma assinatura. Ele levantou uma sobrancelha ao ler o conteúdo do mísero papel. Manteve a cabeça fria, apesar da ameaça. Ele quase havia se esquecido que o perigo não havia acabado, ao menos para ele, afinal sempre existiriam bruxos das trevas...

-Ótimo, nada como uma ameaça de morte para começar bem o dia- Ironizou ele ao guardar o bilhete no bolso.

***

Sentada à beira do lago, no seu local preferido, distante dos olhares das outras pessoas, num local só seu. Anita observava a paisagem ao seu redor. Aquele momento tranquilo e calmo era o momento ideal para um passeio, mas ela estava triste demais para aproveitar com os outros. Então, preferiu sair andando sozinha para pensar na vida. Ela pegou a carta que sua irmã havia lhe escrito e começou a ler.


“Querida Anita,

O trabalho aqui no Ministério está me matando, ainda estamos atrás de alguns ex-comensais da morte que estão foragidos, mas fique tranquila, pois pegaremos todos eles. Estou me empenhando ao máximo para capturar Yaxley, noite passada fiquei acordada o tempo todo analisando as pistas. Não me pareci que ele tenha ido para o exterior, como apontarão as primeiras investigações. Qualquer novidade do paradeiro dele eu prometo que será a primeira a saber.

LS”


Anita ficou mais branca do que antes, parecendo estabelecer um “record” naquele momento. Um embrulho subiu-lhe no estômago, tudo girou numa fração de segundos e ela tentou andar mais rápido, apesar de todo o seu mal estar, mas as suas pernas não obedeceram, e ela caiu de joelhos no chão. Agora era tudo escuridão.


Snape havia decidido sair um pouco do castelo e andar pela floresta para ver se encontrava um pouco de paz. Ele estava pensando em Anita todo o tempo, ela estava nos seus sonhos...e nos seus pesadelos, a corvinal lhe fazia rir e chorar. O amor que sentia por ela invadia o seu coração descongelando cada parte dele, fazendo-o sentir como se antes ele estivesse dormente, sufocado em dor, em trevas... E mesmo tentando não pensar nela, ele já estava pensando. Ele sentia a falta dela por onde fosse.

Ele estava passeando displicentemente, pensando naquela noite na qual havia lhe beijada, sentido a doçura dos seus toques na sua pele incrivelmente pálida. Talvez, ele conseguisse agüentar a sua ausência por algum tempo, mas por que essa sensação de vazio só passa quando estou do lado dela...

-Anita!!! – Snape correu na direção da jovem corvinal atirada ao chão

Escuro.Uma voz ao longe a chamava.

-Anita -Ela olhou a face de Snape e sorriu apesar do enjôo que sentia.

-Eu...estou...bem- Terminou a frase que lhe pareceu terrivelmente longa.

-Vou levá-la para a Ala Hospitalar- Snape falou preocupado.

-Por favor, ...não...- Ela segurou fracamente a mão dele.

-Quanta teimosia, você não está bem!!!-Severo aparentava preocupação.

-Só estou um pouco enjoada...pode ir- Anita respondeu lentamente.

-Não seja estúpida, não vou deixá-la aqui!!!- Respondeu indignado.

-Então me leve para o seu quarto...mas o hospital não...

-Isso está fora de questão!!!-Respondeu de forma dura ao colocá-la nos braços.

-Por favor, professor Snape...- Ela colocou a mão branca em seu rosto e implorou com os seus olhos brilhantes.

Silêncio.

-Por favor, Severo...

Ele olhou-a bem nos olhos azuis fuzilando-a por dizer o nome dele, assim daquele modo tão íntimo, daquela forma tão doce e amável.

Mas não houve tempo para repreensões verbais, ela simplesmente desmaiou.

***

Anita acordou nos aposentos do professor Snape, ela estava deitada na cama dele, e ele estava ao seu lado fazendo-a aspirar um preparado de ervas de aroma muito forte, o qual a fez acordar rapidamente.

O mestre estava ao seu lado, seu rosto extremamente tenso, mostrava toda a sua preocupação com ela, suas atenções todas voltadas para a moça a sua frente. O primeiro impulso que Anita teve foi o de sorrir para ele, o segundo foi tentar se levantar.

-Ainda não!!!- Ralhou Snape segurando-a e fazendo-a deitar de novo na cama.

Anita colocou a mão na cabeça, ela ainda não estava forte o bastante para se levantar.

-Como está se sentido? -Inquiriu Snape pesadamente. Segurando-a e olhando-a bem na face.

-Eu estou um pouco enjoada, é só isso...-Ela respondeu sentindo-se mais segura só por estar ali na presença dele, sendo tocada por aquelas mãos.

“Eu poderia fechar os olhos e morrer aqui, eu estaria tão feliz, pois o ultimo aroma que sentiria seria o cheiro dele, o último toque que eu sentiria seria o das mãos dele nas minhas, e a ultima cena que eu veria seria os seus olhos negros nos meus...”

-Não!!!- Ela mexeu-se desajeitadamente ao perceber que ele estava lendo a novamente a sua mente.

-Desculpe-me... - Ele disse suavemente ao perceber que o rosto dela estava corado.

-Prometa que não fará mais isso. -Ela perguntou evitando encará-lo.

-Não farei mais, prometo.- Ele sentiu seu coração pulsar mais forte.

-Palavra de sonserino? – Ela perguntou com um sorriso

-Mais do que isso, lhe dou minha palavra de cavalheiro...


Snape levantou-se e caminhou um pouco pela sala, seus olhos voltaram-se para a lareira que queimava intensamente. Ela estava ali, deitada em sua cama, tão próxima e ao mesmo tempo tão distante.

“Mas por quê todo esse sofrimento?...Ela é maior de idade, eu vi no histórico dela, ela me aceita como sou!!! Por Deus, eu a amo tanto!!!”

Snape adentrou novamente o quarto como um raio, sentou-se na cama e encarou Anita firmemente, como ele queria ter feito a muito tempo.

-Anita, eu simplesmente não agüento mais...

Severo apertou-a contra os seus braços e respirou o perfume dos seus cabelos com paixão. Ele separou-se dela e a olhou bem nos olhos, resistindo a vontade de beijá-la.

-Não agüenta, o quê?- Anita parecia confusa.

-Não agüento desejá-la e não poder tocá-la.- Ele respirou fundo, precisava de coragem para se expor.

- Quero que fique comigo, quero que seja minha...

- Está me pedindo em namoro?

- Sim... e talvez algo mais, se você quiser... – Ele arriscou, seu rosto tenso em espera da resposta.

-Eu quero ser sua...e o algo mais também!!!- Ela balbuciou olhando timidamente para o lado.

-Por favor, me abrace de novo!!!- Ela implorou com os braços estendidos para ele, tentando ter mais coragem.

Severo abraçou-a o mais forte que pode e sentiu novamente o cheiro dos cabelos dela, e Anita pode verificar quanta força aqueles braços podiam ter, sentiu-se segura e protegida, ela encostou a cabeça no peito dele e disse:

-Não vai me deixar de novo?

-Não...-Ele sentiu-se extremamente bobo e feliz, uma sensação nova e constrangedora.

-É uma promessa? -Anita sorriu.

-Pode se dizer que sim...- Ele brincou.

-Já são duas hoje.-Ela rebateu.

-Não se preocupe, vou arrumar um jeito de quebrá-las- Snape sorriu maliciosamente.

-Assim não vale!!!- Ela resmungou baixinho, enquanto Snape inclinava-se para beijá-la.


***

Quando Anita se sentiu melhor, ela saiu discretamente dos aposentos de Snape carregando uma poção na mão para enjôo. Contudo, ela também pode sair de lá com a certeza de que logo iriam se encontrar novamente.

***
Anita descobriu que o seu coração era capaz um amor tão grande, quanto aqueles que a sua mãe dizia haver...aqueles que se contam nos livros, ou o mesmo amor que a sua mãe sentia pelo seu pai...Um amor maior do que a vida e a morte.

Ela estava sentada muito próxima dele, refugiada nos seus braços, onde se sentia segura e protegida. Anita tinha de saber se esse sentimento era recíproco, ou não...A jovem Stock iria descobrir isso hoje:

- Severo... – Anita começou a torturá-lo lentamente, beijando o pescoço dele.

- Sim... – Snape fechou os olhos e sorriu.

- Quero que seja sincero, Você me ama? – Anita começou a beijar o pescoço dele seguida vezes, subindo até quase chegar a boca.

- Sim...- Respondeu Snape tentando manter seu autocontrole.

-Por que sim? – Ela insistiu intercalando beijos e frases.

- Oras, por que sim!!!-Exclamou Snape tentando controlar-se com aqueles pequenos beijos.

- Não, resposta errada... – Respondeu Anita sorrindo.

- Você me ama ou me deseja? – Arriscou a moça com um brilho no olhar.

- Ambos...- Respondeu Snape tentando beijá-la nos lábios.

- Você me deseja por quê? – Provocou Anita desviando do beijo, ao virar o pescoço para a direita.

- Por que você é linda!!! – Exclamou Snape nervoso.

- Não, resposta errada... – Ela disse fingindo beijá-lo, mas retrocedendo ao fim.

- Está comigo só por que me acha atraente? – Insistiu a moça.

- Não, é claro que não!!!- Snape fechou os olhos.

- Então por quê? – Ela sussurrou no ouvido dele.

- Por que você me faz esquecer de todo a dor, e algo dentro de mim quer cuidar de você com todo o amor, quer sentir a suavidade do seu toque e a doçura dos seus beijos todos os dias da minha vida...

- Eu te amo, dear my love... – Anita sorriu e o beijou ardentemente.

“Como aqueles lábios tão vermelhos e inocentes poderiam ser assim, tão perigosos? E como um beijo tão suave e doce pode ser ao mesmo tempo tão ardente e viciante???...Eu poderia compará-lo a uma poção preciosa, com todos os ingredientes colocados na medida certa...os beijos de Anita eram uma misteriosa poção do amor feita só para mim...”
SS.

***

continua...

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